16:33 h
Fim de tarde de domingo
Vim ver o mar
O verde mar
Precisava de alguém para conversar
E o mar sempre parece disposto para nos ouvir falar,
pensar...
O mar, sempre pronto para me receber
À minha esquerda, dezenas de pessoas desfrutam os
privilégios desse lugar
Famílias, uma dupla de amigas, crianças e idosos
Nessa brisa, nessa imensidão de mar esverdeado com espumas brancas... todos estão iluminados pelo sol que ainda não se foi, mantendo a cor do céu azul
A brisa que sopra me dá certo alívio
Agora estou sentado na areia da praia sobre minhas sandálias
havainas
Pés descalços, mergulhados na areia...
Sinto o vento soprar e meu ânimo tomar fôlego
Na solidão do mar
Encontro encontros, encantos...
Nada é igual
Sobre a areia da praia, milhares e milhares de pegadas, são
tantas que nem dá pra contar
Sobre a face das águas o vento inventa, desenha
simultaneamente inúmeras digitais
Sopra vento
Passa tempo
Silêncio sereno
Mistura de cores
Abraço amores
Sinto saudades
E as minhas lembranças se tornaram banais
Casais amigos
Olhares tranquilos
A leveza de quem tem abrigo
A tranquilidade de quem caminha só
Sobre essa areia, sou apenas mais um grão
Os grãos unidos se tornam milhares, infinitos
Uma gaivota rasga os céus
Voando contra e a favor do vento
Faz seu caminho no invisível
Um sinal de liberdade
Até na solidão somos acompanhados
De tempos em tempos, nossa rotina tende a mudar e nem
adianta cantar o rebelde refrão de décadas atrás; pouco a pouco, todo mundo
sabe que no final a regra de ouro é se reinventar...
Para mim é bem mais que uma simples adaptação
Eu daqui, sou apenas um, mas nunca o mesmo para sempre
Agora mesmo me faço outro, me faço novo, de novo...
São as descontinuidades descontinuadas que insistem em
continuar
Entre lembranças fragmentadas e desencontros de sentimentos
À todos nosso respeito e afeto
Ao amor dos iguais e ao amor dos nem tão diferentes assim
Nosso sim
Ao amor
Ao abraço
Ao abrigo
E à solidão
Obs: Passando pela areia do Cabo Branco, uma pequenina que
deve ter pouco mais de um ano de vida, sentada na areia da praia brinca com os
pais, com grãos de areia escorrendo de suas mãos, ela me segue com o olhar,
insistentemente olha para mim, sorrindo suavemente acena com uma das mãozinhas,
me dando um lindo tchau... Parece me abençoar.
Me achei! Obrigada poeta!
ResponderExcluirLINDA SUSAN, sua visita e companhia, são muito bem vindas. Obrigado pelo retorno, sempre muito especial. Abraço :)
ExcluirAmei meu amigo linduuuuu...Inspiradoras palavras.
ResponderExcluirFico feliz Vivi com o teu retorno, obrigado por sua amizade :) Te amo
ExcluirOlá, Fernando! Vim parar aqui no teu blog por "acidente". Resolvi dar uma espiada e acabei lendo vários posts. Gostei muito dos textos bem escritos,poéticos e inspirados. Abraço, Cláudio
ResponderExcluirGrande Cláudio, quero lhe agradecer pela paciência e atenção generosa, retorno que sempre nos motiva e sei que você entende bem o que digo, já conferi seu blog e um retorno de um leitor acidental ou não, é sempre um raio de luz a nos iluminar e fortalecer nosso ideal de compartilhar a vida por meio da escrita. Li seu texto http://oestrambolico.wordpress.com/2012/10/30/para-ser-livre-e-preciso-coragem-o-ultimo-post/ e me lembrei de um texto que escrevi http://fernandodomingossim.blogspot.com.br/2012/02/coragem.html. Espero que você goste desse também.
ResponderExcluirJá estou te seguindo e aos poucos irei te acompanhando daqui também. Um abraço em BH, terra linda :)