Entre a sombra da luz de um poste e outro
O tempo ganha espaço
Pedregulhos revestem o asfalto com piche
Sobre os muros das casas, flores
Sobre as calçadas, pétalas de flores secas
Folhas, flores, sombras, pedregulhos...
E o tempo que não determina o que deve ser lembrado
ou esquecido
Tudo é fragmento, elementos por vezes entregues ao
acaso
Por acaso observamos
Folhas, flores, sombras, pedregulhos, sentimentos...
Tudo toca o asfalto
A luz do sol do meio dia
Os raios da lua cheia da meia noite
O vento que leva é o mesmo vento que trás... O
perfume, a poeira, a água da chuva que cai do céu
Chuva lavando o asfalto feito de pedregulhos unidos
pelo piche
Com a água da chuva, vai à poeira, vão às folhas, as
flores, a luz do sol, alguns pedregulhos, mas não o sentimento
Tempo, és o senhor absoluto de nossa existência
A ti sábio tempo, minha oração
Escolhestes a mim para observar o teu passar
Eis o meu oficio...
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