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O vento sopra forte, ora sopra devagar
Faz balançar as palhas dos coqueiros
Faz balançar as palhas dos coqueiros
Vem dançando sobre as ondas do mar
Faceiro e malandro, tenta levantar o vestido da menina
Que assustada segura seu vestido no meio das pernas
E espontaneamente diz cantando e sorrindo de lado satisfeita: “Que vento danado e safado!”
Ela parece envolvida pelo vento
Como brisa ele ainda insisti
Dança nos cabelos cacheados da moça
Que inconscientemente solta seu charme gracioso
E o tempo parece parar naquele instante (Pretty Woman - Uma Linda Mulher)
E ela agora parece largada entregue nos braços do vento
Parece embalada dentro de uma rede
Seguindo seu destino depois desse abraço repentino
O vento leva consigo a poesia do perfume feminino
Aguçando e acariciando as narinas dos vagantes vadiantes
Despertando os sentidos
Aliciando os desejos
O vento invisível segue obstinado
Travesso menino que sobe coqueiro
E derruba o jangadeiro
O vento permanece invisível
Mas sempre em ação
Dando cor a vida...
Magia a canção...
Forma aos sentidos...
Sabor aos dias desejos...
Cantarolando pelas praias, ruas, calçadas e campos
O vento...
Segue vagando
Soprando forte suave
Atiçando... aguçando, aprontando, acariciando, adoçando... envolvendo, seduzindo...
É o vento intenso que suave fala
Despertando a beleza adormecida
É o vento intenso que dança
Nos cachos dos cabelos da morena branca mulata, mulher brasileira
É o vento intenso que abraça
Envolvente galanteador conquista quem bem quer
É o vento intenso que canta
Sussurra no pé do ouvido a canção ritualista do desejoso amor
“Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor [Bis]” (Tom Jobim)
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor [Bis]” (Tom Jobim)
Vento faceiro que nos agracia compartilhando o perfume das flores
Distribuindo com todos, o calor dos corpos
De mansinho vem cantando, sussurrando o prazer de existir...
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