Os textos que tento escrever, na verdade são retratos, extratos, recortes e resultados de experiências que vivencie momentos, tempos e épocas que passaram ou que estão passando por mim.
E isso é independente de ter sido uma experiência boa ou não. Quase tudo que registro é meu, ou seja, parte de mim.
Parte de minhas lágrimas, pedaços do meu sorriso, porcentagens das minhas angustias e das minhas dúvidas, parte das minhas conquistas e certezas ainda que passageiras.
Quando escrevo falo de mim, falo dos meus medos, falo da minha coragem, da minha força e superação. Falo da minha vergonha, do meu orgulho, da minha culpa, do meu alívio e do meu fracasso. Falo de amor, falo de paixão, falo de fogo, falo de ilusão, alegria e tristeza.
Quando escrevo, “FALO” com a alma, com o coração, com a nudez de simplesmente ser, de se deixar ver e ser visto.
Quando escrevo sou menino, sou velho, sou adulto, sou criança, sou sábio, sou bobo, sou esperto, sou cauteloso, sou emotivo, sou prudente, sou inconseqüente, sou eu ou ao menos tento ser quem penso que sou.
O texto por vezes é meu espelho, me vejo nele. Ele que se converte em monumento, documento, registro de lembranças, lembranças minhas, da minha solidão, da minha paixão, da minha família, do meu amor, da minha dor, do meu pecado, do meu mundo...
Escrevo o que sinto, escrevo o que vivo...
Este primeiro texto que compartilhei com vocês “A HISTÓRIA CONTINUA”, é o retrato exato e fiel do período de Novembro do ano de 2007. E pra ser mais exato, eu o compartilhei com vocês no momento em que ele completava três anos.
Um momento onde a dor foi minha companhia, um momento onde eu pensei que minha vida não mais me traria prazer. Momento onde a incerteza era a única coisa certa que eu conhecia.
Esta semana, vendo o filme, “COMER, REZAR E AMAR”, fui levado a mergulhar na busca pela razão da vida, o filme é belo, simples, leve e profundo. E uma das lições que ele deixa, é que as RUÍNAS, necessariamente não determinam um fim, mas sinalizam uma tremenda transformação na vida de qualquer um.
“A HISTÓRIA CONTINUA”, é um marco na minha vida, um momento de transformação, um divisor de águas. Foi escrevendo este texto que registrei o momento onde eu renasci, o momento onde eu me encontrei, me amei e decidi por mim, cuidar de mim. Decidi me fazer a pessoa mais feliz de minha existência, pois a melhor maneira de mostrar o meu amor aos que me cercavam, era e é tão somente me amando e cuidando de mim, tocando o barco, seguindo adiante e além, tendo por foco o horizonte e a vida que habita comigo, em minha alma. Recomece, sem medo; porém você deve ser seu principal parceiro nesta caminhada...
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