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2 de janeiro de 2013

Um pingo de chuva


Chuva sobre o telhado
Ouço o som multiplicado dos muitos pingos
Entre um pingo e outro sopra o vento
E o vento toca os pingos dos pingos
Resulta na brisa que vem pela janela
A brisa da chuva me abraça e deita comigo

Melodia na alma
Serenidade no espírito
Em silêncio medito
Meu pensamento pausado
Viajo em mim, em minhas lembranças
Como alguém que escala a mais alta montanha 

Flor branca
Flores brancas
Flor amarela
Uma flor de ipê amarela
Cai do mais alto galho da árvore
Bailando dos céus até tocar o chão
Leve vem a flor amarela de ipê


 
Lembranças nos galhos secos
Imagens, cenários, semáforos me fazem recordar
Melodia em piano
Som das águas
Águas de rio
Águas de mar



Ainda não senti a sensação da neve tocando minha pele
Mas vejo com admiração o pôr do sol sobre minha cidade
O brilho do astro pelo fim da tarde
Deixa tudo dourado
Asfalto, janelas, desejos, encontros, olhares, sorrisos, sonhos dourados
Sonho dourado

Sentimento, emoções
Sou sensibilidade
Movido pela gratidão
Gratidão em ser
Em poder encontrar
Gratidão em rever
Em poder sonhar
Gratidão em lutar
Em poder alcançar


Um pingo de chuva
A brisa do vento
O dourado do pôr do sol
A esperança do sentimento

Um pingo de chuva dourado
Horizonte aberto, livre
Entrega... Silêncio... Esperança...

Histórias e Reflexões no face.

Olá amigos é com muito carinho que venho compartilhar com vocês nossa página no face. Podem ficar a vontade pra curtir, compartilhar e indicar para seus e suas queridas. No entanto apenas a leitura e companhia de vocês já nos ilumina aqui. Abraço generoso :)



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1 de janeiro de 2013

Um ano de luz













01 de janeiro de 2013
João Pessoa, Praia do Cabo Branco
São pouco mais de 05 horas da manhã
A noite escura iluminada pelos fogos de artifícios, refletidos nas roupas brancas de toda multidão, aos poucos vai recebendo o brilho de uma outra luz
Na extensão de toda orlas, famílias inteiras aguardam o primeiro raio de sol tocar o mar, surgir no horizonte...

A luz e sua claridade
A certeza de um novo dia que amanhece
E o sonho de um novo tempo iluminado
Sem dúvidas e com absoluta segurança (?)
O dia já vem raiando meu bem...

Pois bem, o sol não surgiu como deveria
Como deveria?
Isso mesmo.
O céu estava nublado na orla do Cabo Branco
Um paredão, uma verdadeira muralha de nuvens, aparentemente pesadas, algumas toneladas de nuvens (?!)













O sol nasceu, a sua hora já indicava isso
Uma certa claridade ofuscada anunciava tamanho evento
Mas onde está o sol minha gente?
"Por detrás das nuvens mãe!"
Disse um pequeno e agitado menino
Mas e o dia? Amanheceu? Já é dia? Onde está a luz?

O benefício da dúvida se apresentava
Paralelamente a reflexão pairava sobre as pessoas
A dúvida os movia
Alguns erguendo as mãos aos céus, pareciam entregar-se agradecendo, confiando...

Outros caminhavam serenamente até as águas da praia
No mesmo instante abraços, danças, uma criança rolava na areia
A celebração de um tempo que se chama novo
A saudação a um dia que vagarosamente raiava

A montanha pesada de nuvens suspensas fora transpassada, pelo mais insistente brilhar
Brilhou dourado, serenamente; primeiro tocou o mar
E sobre o mar, um ínfimo raio de sol ficou, tocou, brilhou...
E todos, atentamente observavam o sol por trás das montanhas e apenas um fecho de luz que surgia
Mas o sol brilhava lá, lá na altura do mar
Tímido, pacato, sereno
Brilhava o sol, distante da areia da praia, distante das pessoas vestidas de branco

E sobre o mar, do sul para o norte, o raio de sol se pôs a caminhar
Vagarosamente, delicadamente... Vinha o sol sobre o mar que também estava sereno
Um caminho de luz, sobre águas ainda sem cor
O sol brilhou em meio às dúvidas
Como que descendo degraus tocou nosso chão
Brilhou em nossos pés
Posou sobre nossa pele, nosso corpo
Olhou a luz em nossos olhos
Revigorou nossa alma
Aqueceu meu coração


Um caminho de luz estava apresentado
Mas entre a luz, dois lados ainda não iluminados
A parte do mar iluminado ficara azul
E o vento que soprava do sul, parecia vir sobre o mar, trilhando o caminho da luz, abraçando-me na praia e assanhando as palhas do coqueiro

Tenho um desejo
Que a aparente força da falta de respeito e da intolerância para com o diferente, receba a luz do sol e que estes percebam que as diferenças nos tornam únicos e semelhantes, as diferenças nos conectam, assim como tudo na natureza não igual, mas juntos, simplesmente são.

Tenho comigo uma certeza, a dúvida sempre estará presente e quando ela se fizer ausente, nós haveremos de chamá-la... Chamá-la pelo nome e quando ela chegar trará consigo a certeza de que estamos vivos.

Um ano de luz
Um ano de riso
Sem choro contido
Sem temer os riscos
Pegadas na areia
Caminhada continuada
Ainda que lenta... Caminhada
Um tempo de preservação
Fortalecimento dos laços
E que a única certeza seja a de quem somos... Dos sonhos que sonhamos













Um ano de luz sobre a dúvida
Feliz 2013

Sereno