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6 de outubro de 2011

Na vã tentativa de agradar...


Na vã tentativa de agradar cometi erros infelizmente memoráveis
Lições das quais espero não voltar a viver

Na vã tentativa...

Na vã tentativa de agradar...
me anulei

Na vã tentativa de agradar...
me desagradei

Na vã tentativa de ser acolhido...
me perdi

Na vã tentativa de ser aceito...
deixei de ser eu

Quando na verdade eu não precisava me esforçar para melhorar minha imagem a fim de ter um bom desempenho ou aceitação

Na tentativa de agradar e de ser agradável falei o que não devia, falei o que não queria, não me deixei ser
Criava expectativas, queria um retorno, ouvir palavras boas ao meu respeito
Precisava ser bem visto, precisava ser aceito

Mas a mim só me bastava apenas ser eu
Mas eu não sabia
Pensava ser sábio, mas era imaturo
Pensava ser um homem, mas fui um menino

Só me bastava apenas ser quem eu era
Só me basta apenas ser quem sou

Para não desagradar me omiti, me podei, me neguei à chance de ser
Por medo de ferir ou de falar algo fora do tempo, me sabotei
Na tentativa de escolher as palavras certas e de ser compreendido, não fui compreendido

Na intenção de acertar, de fazer a coisa certa, fracassei e fui penalizado
Mas como eu poderia ler a mente das pessoas?
Como eu poderia querer fazer sempre o que aos seus olhos fosse bom?
Como pude ser tão ingênuo e exigir, esperar e cobrar tanto de mim?

Na verdade tentei criar um campo magnético que me protegesse da crítica
Tentei estar na mais alta montanha e evitar ser reprovado
E nem sabia eu que ali ainda não tinha forças para subir
Quando na verdade a força estava em mim
Só me bastava descobrir quem era eu
Mas eu não me enxergava

http://www.marciopelegrino.com/
Na tentativa de agradar
Na tentativa de ser aceito
Na tentativa de ser bem visto

Me esforcei e fui amigo
Eu não poderia administrar tanta coisa
Eu não poderia ser o que eu não poderia ser

Na tentativa de agradar
Na tentativa de ser aceito
Na tentativa de ser bem visto

Eu abri meu mundo
Me esforcei e fui eu de verdade
Mas não precisava ser eu para "todo mundo"
Acreditei em quem eu queria bem
Sem me preocupar comigo
Apenas acreditei
Como uma criança ingênua eu acreditei nas pessoas só por estarem perto de mim, só por estarem ao meu lado
Mas elas não me tinham como eu as tinha

Ao perceber quem eu era
E que eu não precisava ser eu para todos me libertei
Me libertei do meu eu
Da minha busca por mim
Pois na verdade eu estava aqui

Não preciso ser aceito por todos
Não preciso ser bem visto por todos
Não preciso agradar a todos
Só preciso ser quem sou

Hoje pretendo ser mais de mim
Viver mais do meu real
Na simplicidade dos meus atos
Na verdade do meu olhar
Na calma que nem sempre foi minha

Apenas preciso ir devagar
Assimilando tudo
Sem pressa, sem cobrança...
Só me basta ser quem de fato sou para os meus

Na vã tentativa de querer ser
Só eu não sabia
Que eu já era o que queria ser
Que eu já era eu...

6 comentários:

  1. Dear Fernando,

    Time is always time to refocus and take charge of our lives.
    You're too young to experience disappointments .. Go ahead, knowing that life is a constant struggle. Ball forward.
    Congratulations on the text.

    LUIZ CELIO RANGEL

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  2. Meu querido, fico muito feliz em vc ter voltado a escrever no blog, sinto sua falta, te quero muito bem. Grande abraço, Fagner Ribeiro.

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  3. Meu coraxão, a cada texto seu que leio, me deleito em seu universo, que em cada palavra você nos presenteia. Você eh lindo por fora, mas por dentro não tenho palavras para descrever tal beleza. Lembre-se sempre: Nunca somos maduros o suficiente, apenas estamos, para determinada situação, mas não para todas, não importa a nossa idade...Eu te amo muito. Fik com Deus...

    ALINE MARQUES

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  4. Grande professor Luiz Célio, agradeço por sua visita e sábias palavras, guardadas comigo...
    Amigo Fagner, sua amizade rega o meu jardim, muito obrigado por sua existencia...

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  5. Aline meu anjo, não tenho palavras para retribuir seu carinho e afeto... segunda que vem te darei um abraço grande, paertado e demorado...

    Obrigadão

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  6. "Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos meias verdades e muita insensatez."(Cecília Meireles).

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